segunda-feira, 17 de setembro de 2012

sentir-se azul

Não tenho certeza de quantas pessoas entendem esse "sentir-se azul", talvez seja uma coisa muito musical, daquele tipo de coisa que poeta sente. Sentimento que não posso de forma alguma classificar como 'felicidade', vai tão além disso que não me restam palavras, não posso descrever um momento, um segundo, um beijo.
Me sinto azul porque é azul o céu e o mar, e é aquele azul de quando eles se encontram que me sinto. Me sinto paz, descobri a vida que existe além do ritmo descompassado da minha respiração, to contando minha vida pelos momentos em que perco o ar, perco as palavras, estranhamente fico sem saber o que falar.
Sou cada vez mais o sol, o mar, a chuva também, sou cada vez mais eu e mais e mais e mais eu.
Azul é entregar o coração sem medo de tê-lo despedaçado, azul é sorrir com todos os motivos pra chorar, azul é tão azul, tão eu e hoje em dia cada vez mais nós dois. Azul é transbordar, explodir, aquela vontade de gritar, de sair por aí sem rumo, sem hora pra voltar, sem medo de deixar qualquer coisa pra trás, é não ter o que deixar pra trás por ter certeza de que carrega tudo dentro de si. E por isso não cabe. E por isso transborda. E me deixo transbordar, sem medo de perder nada por já ter tido muito mais que precisava para sorrir.
Sentir-se azul é exatamente como me sinto agora, é o mundo colorido no meio do cinza que todo mundo vê, é meu sorriso sempre tão a toa, é minha felicidade imediata ao poder ver o sorriso que faz eu me perder, que me perco porque não quero mais me achar, e andar perdida pelo mundo inteiro, e poder ser sem roupa se eu quiser, e poder tirar a roupa de quem eu quiser, e poder ser eu o máximo que eu puder.
É um orgasmo que dura mais que alguns segundos, é prazer por poder viver a vida como ela deve ser vivida, é sentir-se azul.

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