
Olhar pro espelho ultimamente tem feito eu me sentir estúpida, pelas inúmeras coisas escritas na minha testa, saindo pelos olhos e que eu tento esconder. Quer dizer, me sentir estúpida tá virando quase um dom desde que eu resolvi querer de volta o que já não era mais meu, tudo aquilo que a muito tempo já se foi e provavelmente não vai voltar.
Todo sorriso sem motivo, todo olhar no meio da multidão, todo beijo de boa noite, todo bom dia de todo dia. Era constante nossa inconstância, nossas brigas, nossos medos, mas hoje não trocaria isso por nada.
Quem me dera pudesse criar uma máquina do tempo e voltar para aquele dia que parecia não ter mais fim, ou apenas encarar de vez o futuro, deixar de lado o orgulho e dizer que me arrependo de não ter feito isso antes. Te trazer pra minha casa, te apresentar pros meus pais como se eles nunca tivessem te conhecido, dividir meu travesseiro contigo como faziamos a tempos atrás.
É que não mudaria nada, faria tudo exatamente igual e te deixaria ir embora outra vez, numa tarde quente de domingo, se isso fosse a tua vontade, mas fique, se quiser... Lide com as minhas vírgulas como sempre lidou, de fato prefiro reticencias do que pontos finais, então me puxe pela cintura quando eu virar as costas pra você, mas deixa pra lá, não preciso explicar, você sabe exatamente como fazer, é o único no mundo que entende nossa sintonia perfeita, meus descontroles, minhas armas, sabe como me desarmar, amar.
Só me escute falar, volte, talvez, ou fique por aí, mas não esqueça de me visitar, não aguentaria a saudade das tuas visitas frequentes, não aguentaria a falta de fingirmos ser um casal normal, não aguentaria ter que ser só tua amiga, nao daria sem você, sem nós dois
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