Já fazia tempo que lhe julgavam por não amá-la e mais, já faziam até apostas de traição e de fato ganhariam um bom dinheiro, eu iria de "all in" se não fosse me sentir culpada por já saber que ganharia, então preferi ficar apenas observando, sem dizer nunca o resultado, ainda que me perguntassem o tempo todo, eu apenas me divertia com as apostas.
Ela nem imaginava, digo, ela nem imagina.
Ele olhava com frieza, ela via, bonita, pura. Eu observava e só observava a ingenuidade da doce menina. Dona de um dos sorrisos mais bonitos que eu conheço, diga-se de passagem. E também o olhar profundo. Certa de tudo, tem ainda dúvidas de amor. Ele? Não duvidava de nada não, isso porque não sentia, não sabia sentir.
Segurei na mão dele enquanto olhava fundo em seus olhos. Olhar vazio, um jeito tão frio de lidar com as coisas. Disse a ele tudo, as apostas, o quando ela confiava nele, o quanto ela sabia sentir e sabia de tudo isso sem conhecê-la como ele, sem conhecê-la quase nada, na realidade.
Ele a amou, enfim, naqueles olhos vazios eu não me consolava mais, nos braços que me acolhiam com facilidade e no beijo que fazia meu dia melhor.
Eu tentava ensiná-lo a ser feliz, e fazê-la feliz. Ele aprendeu a dar valor a ela, e foram juntos felizes, enquanto eu observava minha pequena felicidade nas mãos de outra, sabendo que eu tinha feito aquilo. E ai, com um sorriso no rosto e uma lágrima escorrendo, eu observava, apenas observava.
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