Aquelas mãos tão claras tocavam meu rosto da forma mais suave possivel, aqueles olhos que viam por dentro dos meus, e sugavam todos os meus pensamentos, e viam meus sonhos passarem como filme na minha cabeça, aquele rosto de uma simplicidade maravilhosa, a barba mal feita, que sempre me agradou muito, aqueles braços que sempre me envolviam com tanta força e segurança, aquela história que tanto mexia comigo, os dentes tão alinhadinhos, os labios que faziam o contorno perfeito de um sorriso que mostrava uma felicidade absurda, esse sorriso que se fechava, deixando seus labios tocarem os meus, de um jeito tão doce, de um jeito tão maravilhoso.
As pernas que envolviam as minhas e dava a impressão de que eu não conseguiria sair dali nunca mais, aquele cheiro, que costumo sentir nas ruas vazias em que ando, a voz que ainda ecoa na minha cabeça, o corpo tão maravilhoso, que ainda me chama, a pele sempre tão quente, o sangue fervendo, até o jeito de chorar e dizer que poderia ter sido diferente.
Aquele jeito de sentir sem demonstrar e depois explodir de sentimento.
Sempre me agradou muito esse jeito imprevisivel, como o dia que me disse que gostava de café, e o quanto gosta de filmes de comédia, e o jeito ciumento.
Sempre amei o jeito que me chamava, que falava, que fazia.
Não sei porque, mas virou impossivel esquecer do mundo novo que me mostrou, de todo o tempo do mundo que tinhamos, ficou impossivel deixar partir a ideia de poder tocá-lo mais uma vez, mas eu nunca falei o quanto precisava de tudo isso, a culpa foi minha, mas será que só por isso eu vou sentir falta de tudo nele? Por toda a eternidade?
Nenhum comentário:
Postar um comentário