quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Quase

É que quase não é beijo, nem verdade, nem inteiro! Quase sim é não e no quase abraço permaneci sozinha, eu e a minha vontade de ser, mas sendo quase, um quase amor. No quase dizer me calei e guardei pra mim. No quase viver, morri. Morri engasgada com todas as palavras que quase falei, silêncio.
A noite era bonita, sim, esperava que dissesse não, naquele ato quase heroico de segurar pela cintura e lembrar que eu disse que ficaria ali para sempre. Desisti de esperar e resolvi finalmente ir. Lá pela decima vez já esperava me sentir livre de todas as coisas nas quais desejava mais que tudo me prender, soltei. Esperei o tempo de acordar, quase sonhei, mas os pés, como sempre, imóveis no chão.
Dizer que ama não é, de forma alguma, amar. Não faz acreditar que é verdade e ainda hoje espero o dia que vou acordar e lembrar que tudo isso não passa de sonho, porque na vida real não tem amor tão grande assim, que nada possa destruir. As coisas vem e vão, nunca permanecem porque um dia cansam de ficar, mas quase fui feliz, quase aprendi a amar, infelizmente quase não é beijo, nem verdade, nem inteiro.

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