O sol já não tem a mesma cor, hoje não sei mais diferenciar o que faz parte só da imaginação...
Me pergunto por onde tem andado, por onde tem deixado aquele perfume exagerado e se pronuncia meu nome em voz alta por algum lugar do mundo, ou fora dele.
No meu quarto, muda, profiro nomes em vão, em voz alta, calada, um grito dentro de mim, esperando sim aquela velha cena de sempre, oferecendo-me o que não pode me dar: um café que nunca soube fazer, um silêncio que não soube esperar. Um jogo de cartas que não sabe jogar, apostando todo o riso, pra que ambos ganhem. Perder nunca esteve nos planos, então apenas deixei-o ir pra que desse tempo de uma despedida, e me despedi sem saber.
E das flores mais bonitas que perdemos naquela primavera, foi também todo o meu amor, junto com aquele girassol que chamamos de "nós", crescia lindo em busca de sol, assim como me deixou buscando ver o céu mais de perto, sentir o calor do sol queimar a pele, só por poder ter o extremo, ser sempre um inteiro, sem nenhuma metade, sem nenhum segredo.
O céu hoje é mais azul, o sol reflete no mar tudo o que não tive todo o tempo pra sentir, mas ainda sinto. Nosso paraíso particular já foi muito céu, já foi mais inferno, hoje se encontra na altura dos meus olhos, quando olho qualquer estrela e lá está ele, fazendo todo o meu eu.
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