quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

passarinhos

Eu tentei, eu juro que me esforcei, mas não deu, e aqui estou eu, completamente apaixonada, esquecida da razão, afundada no emocional.
O amor é como uma gaiola. É, aquelas de passarinho, sabe? Mas fica aberta, você pode sair dali no momento que quiser, bater suas asas e voar para longe. A questão é: você quer tanto estar ali que acaba não conseguindo sair e as vezes, mesmo quando queremos muito sair não conseguimos, apenas por gostar do dono da linda jaula de prata.
Mas bem, não estou aqui para reclamar do amor, muito pelo contrário. Acontece que depois de tantos "nunca mais vou gostar de ninguém", aqui estou eu, prestes a dizer "vai seguir teu sonho". Eis um ato quase heroico do amor. Quer dizer, você gosta tanto de uma pessoa que é capaz de desistir dela, para que ela seja feliz, para que ela siga seu sonho. Deixa a gaiola aberta, como sempre esteve, esperando que um dia ela possa voltar, porque amor não é prender, amor é deixar voar, amor é voar, é estar junto por vontade e nunca por obrigação, eu disse NUNCA! Eu disse a ele para ir, ele quis ficar, estamos nessa juntos, segurando as barras, tentando fazer parecer que nossos coraçoes não se despedaçam em mil pedacinhos cada vez que lembramos da futura partida. De fato o barco vai afundar, mas esperamos conseguir nadar até a areia, queremos poder entrar de volta nas nossas gaiolinhas e permanecer ali, com a portinha aberta, na luz do dia, protegida da chuva, sem medo do escuro, pela eternidade.

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