Amigo estou aqui

Tenho me sentido, ultimamente, como uma tartaruga, que no meio do oceano, sozinha, tenta buscar o fundamental para sobreviver, sobretudo o amor. Não que tartarugas sintam amor, bem, não sei, mas eu sim e tem me machucado a falta dele.

Não é de hoje que o silêncio tem feito enfatizar as palavras proferidas dias atras, mas eu, com a minha estúpida mania de acreditar em todos os "para sempre" que a vida me oferece, mais uma vez sofro com a perda. Geralmente perda do "para sempre" me remete a relacionamentos amorosos, mas dessa vez não e, diga-se de passagem, isso é o que mais me preocupa. Quer dizer, de relacionamentos a vida está tão cheia, mas amizades como aquela, não... Minha tendencia é sempre acreditar que cada um é um, principalmente se tratando de amizades, ninguém nunca vai substituir ninguém, ainda mais nesse caso. É como um buraco gigantesco que se formou desde o dia daquela partida, e tento, com todo o cuidado do mundo, fechá-lo.

Meus amigos homens sempre me dizem como mulher é complicada e que são sempre palavras ditas da boca para fora quando brigamos entre nós, mas será? Tem me parecido mais algo que ela segurava a tempos dentro do coração e explodiu, o que soa pior ainda, já que era esse o sentimento de anos.

Confesso, não sou a pessoa mais fácil do mundo de lidar, talvez conviver comigo as vezes se torne um inferno, e nas sábias palavras de minha prima "meio hippie, meio pin-up, meio folk, meio dark, meio cantora, meio escritora, meio defensora dos oprimidos, meio mãe, meio criança, uma pessoa de tantas fases que se faz difícil de lidar, difícil de aceitar, e ainda que se passem anos, difícil de entender.", mas sabe, nunca me fiz uma pessoa desconfiável, e ainda que me prendessem em uma cadeira de choque, jamais proferiria uma palavra que pudesse mostrar um lado ruim dela, até porque nunca me passou pela cabeça nada de ruim, era apenas perfeita, em todos os seus erros e acertos.

E traço aqui o caminho que tenho seguido - aceitando tua vontade-, do silêncio, do mais frio silêncio, sem o toque, só no pensamento, onde jamais soltamos as mãos.

Sigo na minha estrada, como prometido a mim mesma: não me importar com quem não se importa. Digo, ela não tem dado a minima importância a isso, e parece que tem se sentido melhor assim, então resolvi parar de me importar, e mais uma vez, com todas as forças acredito nas minhas palavras, ainda que saiba que são mentiras, eu me forço a acreditar que não me importo, como se isso fosse mesmo possível, simplesmente perder um pedaço enorme de você