sábado, 8 de outubro de 2011

I'll carry you home

Se eu tivesse asas voaria para bem longe daqui, apenas subiria, acompanhando sua força, sendo levada por anjos, enquanto seus medos eram enterrados a sete palmos do chão onde seu corpo, já leve, permanece intacto, imóvel.
Minha esperança ainda prende tua alma no corpo, mas já sem nada... Sem voz, sem movimento, sem motivo nenhum para permanecer ali, apenas com um coração, que ainda bate e o pulmão, que ainda respira.
Tão forte, tão frágil, minhas asas se partem, me sinto como um anjo caído, mas sem nunca ter protegido alguém, e minha bondade se esgota.
Minhas mãos trêmulas não conseguem injetar mais amor em ti, e parece que minhas não asas me puxam cada vez mais para baixo, enquanto tu repousa no chão, acima da minha cabeça. Meus pés se movem, e tento me jogar para cima, com todas as forças que tenho, mas me sinto no meio do vazio, e não tenho nada em que me apoiar.
Mas quando eu subir tudo será melhor, não sentirás mais a solidão e todos esses sentimentos de vazio serão enterrados, enquanto teus olhos se abrem, teu corpo se mexe, tua voz sai quase que em um grito, teu coração acelera e não para de bater nunca mais, teus braços levantam, teus pés pisam o chão que te sustenta e passo após passo, estaremos a salvo quando chegarmos.
Que sejam enterrados os pecados e erros, que seja jogada ao vento tua risada, mas que fique teu sorriso, que fique o teu corpo funcionando, para que possamos voar juntos a um lugar onde jamais terei que te perder e quando chegarmos vou lembrar de te avisar: estamos em casa.

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