a beira da praia. Uma rolha bem presinha, no bilhete não tinha uma gota de água se quer, abrir? Não parecia uma boa escolha, mas a curiosidade não deixa nunca fazer o que é certo, o que é melhor.As mãos firmes segurando a garrafa, os olhos na direção do nada, tentando achar onde o mar e o céu se encontravam, ou um buraco enorme entre eles, mas nada via.
Ah, sim, a garrafa... Continuava entre suas mãos, que a seguravam com força, os olhos que jamais se voltavam para ela, o coração que batia cada vez mais rápido, cada vez mais alto, tentando descobrir por si só o que havia no bilhete, de quem seria...
Uma de suas mãos escorregava para a rolha. Um puxão, e nada. Não conseguia ter calma, muito menos tirar com jeitinho, ela não era assim. Quebrou a garrafa antes que a curiosidade a matasse.
O bilhete enroladinho, preso com uma fita violeta.
Puxou uma das pontas da fita, fazendo o laço se soltar, desenrolou rapidamente o bilhete: "Será mesmo que o céu encontra o mar? Será mesmo que você olha o mar e fica por horas sem pensar em nada? De alguém que esteve longe, para alguém que sempre esteve bem aqui"
Nenhum comentário:
Postar um comentário