sábado, 14 de julho de 2012

Coração, meu coração!

É meu lugar, tarde, a noite chama só pra acordar de manhã. O riso enche a casa, dessa vez sem segredo algum.
Minha sombra me assusta, essa loucura toda é o que esconde o tanto de senso que me resta, de resto é tudo pose, que blinda meu coração, sem falha. Até então.
Ato falho, chama-se amor. Não era dúvida, chamava medo mesmo, que deixa transparecer o quão insegura, tão segura sempre de mim mesma, pisando de olhos fechados sem saber onde, segurando a mão que nem sei de quem, mas o perfume me agrada, o sorriso cativa, os olhos que me olham fixo, me perco. Jeito bom de me encontrar.
Esqueci o lugar, me falta tanta coisa pra dizer que parece que vou explodir, e quem dera fosse, quem dera fosse amor e que fosse, pelo menos por um segundo, algo que eu pudesse ter certeza. Incerto, meu coração se perde, some, nas tuas mãos, de quem nem nome tem, nada tem, nem toque, nem voz, só o vento que bate nos nossos rostos sorridentes. O cheiro que me trás essa lembrança tão vaga, recente, agora.
Não lembro, sentir seria quase impossível e sinto, só sinto. Sentimento tão meu, que dorme no frio e acorda sozinho, durmo eu, caminho no silêncio de cada reticência. Não seria mais que um sonho, mas nessa noite tão fria me deixe sonhar.

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