segunda-feira, 26 de março de 2012

outono

Desculpem por esses últimos dias, to meio no mundo da lua mesmo. É que eu precisava ser tudo o que não tinha tido tempo de ser. É que eu precisava sorrir tudo o que não tinha sorrido ainda, chorar tudo que faltava e, por fim, dizer tudo que ainda não havia dito. Então me desculpem o jeitinho que me falta pra dizer as coisas, não soube em nenhuma vez ser sutil.
É que dessa vez resolvi abrir todas as excessoes, excedi, corrompi todos os meus valores, enfim, vivi. Só que vivi demais e esqueci de respirar. "Respira Bruna, respira" repetia pra mim mesma. Mas não queria parar, gosto dos excessos, exageros, experiencias. Eu quis sentir, senti. Quis falar, falei, bem mais do que devia e não sobrou nada pra guardar dentro do coração, não sobrou aquele aperto, aquela vontade de falar tudo o que não quer sair. Me senti leve, dancei com o vento. Não fui simpatica com quem não quis, não permaneci na presença de quem me incomoda, fiz minha própria vontade. Rompi todos os padrões, esqueci de ser amada e só amei. Mas recebi, sem querer, amor em troca também.
Estou perdendo o dia lá fora pra escrever o quão feliz estou, mas cansei de perder tempo, por isso esse texto é curto.
Bem, o outono já chegou, desamor se foi junto com o calor e no meu cobertor me abracei. Li as páginas amareladas de um livro velho, toquei todas as musicas que conheço, as que nao sei tocar cantei, as que nao sei cantar dancei. O outono já chegou, e tudo se foi, deixei só felicidade, aliás, meu chá já esfriou.
Por fim, desculpem-me por tudo o que tenho feito, tudo o que não tenho pensado, mas vou ali tomar meu chá gelado, quem sabe a gente não se esbarra por aí.

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