Tenho me sentido levemente nostálgica, porém de coração leve, mas a cabeça sempre em algum lugar distante daqui, lugar esse que não tenho conseguido reconhecer.
Antes qualquer escolha se devia as necessidades psicológicas, que funcionavam como uma barreira, e agora o coração tem realmente falado mais alto, o que, diga-se de passagem, me assusta.
Não os culpo, claro. Não posso nem se quer dizer que é um erro de ambas as partes, não. É um erro típico meu, e de meus sentimentos bagunçados.
Na busca pelo certo eu tinha em mente a imagem de um homem perfeito, que não bebesse, não fumasse, não brigasse na rua, não traísse, que soubesse tratar bem uma mulher, e principalmente que se desse bem com os meus pais, mas hoje em dia tenho perdido a cabeça pelos estúpidos "animais domésticos", que não pensam como homens, ou talvez todos os homens pensem assim, não tenho certeza ainda. Enfim, o problema tem sido justamente esse, os animais, que vem me parecendo um pouco com cachorros, com a mania de reprodução, sem se importar com beleza, cheiro, sentimento, sem se importar com nada. Insisto em dizer que o meu cachorro se comporta exatamente assim, digo, comportava-se, porque foi castrado. Agora, os homens pelos quais tenho sentido meu coração bater mais rápido não são e nem serão castrados, muito menos presos em uma jaula e jogados no meio do mato, sem volta, e isso, infelizmente, significa que terei que conviver com isso, o desejo incontrolável, o medo maior ainda. Animais domésticos do sexo masculino que tem me parecido mais selvagens, e em algumas situações -intimas, diria- já não se parecem com eles mesmos e perdem completamente o controle de seus atos e palavras. O que posso dizer? sexo masculino me provoca repulsa e desejo, amor e ódio, a busca pelos certinhos terminou, sem nenhum resultado promissor, e começo agora a jornada de busca e fuga por aqueles que tem me interessado, os que mais me causam dor e os que sabem exatamente como me provocar, masoquismo, eu diria.
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