O couro ainda cheirando novo, o preto envelhecido, as mãos fechadas, apertando com força. Colete nenhum fará você deixar de sofrer, colete nenhum levará o que te faz mal para longe.
As portas ainda se fecham e o couro já não cheira mais tão bem, o preto envelhece mais a cada segundo e só vejo angustia em ti.
Em teus olhos, em tua boca, em cada pedaço teu que existe em minha mente, vejo angustia, vejo medo toda vez que passo por ti. Toda vez que me olha tu sorri com os olhos de um jeito engraçado, mas teu colete já não se faz mais tão presente. Ainda assim se escondes atras dele e finge estar protegido, ainda assim não se abre, com medo de ser atingido.
Colete esse que se faz meu maior inimigo, olhar esse que não esconde teu amor, tua dor, teu medo, teu prazer. Sorriso aquele que as vezes ainda vejo, pois colete nenhum esconde essa alegria.
Colete que nos separa, que nos difere, que me afasta.
Não sei quando você adquiriu essa imaginação, achando que te protege esse colete que você tem em mente, achando que se fechar é a melhor saida, que se afastar te faz mais forte, que esse colete retém cada magoa, colete esse que não te irá te poupar de nenhuma dor, de nenhum amor, colete esse que me impede de te ver, que nem se quer existe. Sentiremos, talvez quando você descobrir que quem te faz forte é tu e não algo inventado que te fecha, que te isola e que não te protege de tiro nenhum, que ainda te matará por te deixar confiante demais, mas ainda assim, nos veremos.
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