terça-feira, 3 de setembro de 2013

tumulto

Engraçado é que, mesmo depois de tanto tempo, uns quatrocentos dias talvez, eu ainda me sinto bagunçada, completamente perdida e cada vez mais interessada pelo desconhecido. Desconhecido que conheço bem, que sabe onde e exatamente como me tocar, mesmo que muitos lugares ainda estejam escondidos, aqueles que ainda não falei porque gosto de ver as descobertas. Que sabe, com tom de voz doce, me tirar do chão e me levar ao mais alto que qualquer pessoa já chegou e, mesmo assim, me sorrir daquele jeito bobo, aquele sorriso de quem não sabe o que fez. Que me olha, me engole com os olhos na frente de todo mundo e me faz sentir nua sem ninguém perceber. Que me deixa nua com as mãos e me arranca lá de dentro um sorriso, um arrepio e, enfim, um orgasmo que diz por si só tudo o que sentimos durante esses quatrocentos dias talvez.
Essa é a bagunça que vive dentro de mim. Desde o olhar até o orgasmo, que ainda me deixa sentir aquele frio na barriga, as borboletas no estômago que dançam quando ele chega. Tumulto, essa é a palavra e é isso que me causa. Tudo que desconheço me tumultua e, depois de tanto tempo,existe dentro daqueles olhos e em cada palavra algo de desconhecido... Ainda bem.

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