De pingos rosas que caiam no meu guarda-chuva, agora são só os transparentes... Guarda-chuva esse que não guarda nada, só ampara a queda e deixa escorrer. A queda é alta e quando olho pra trás vejo o caminho já não muito colorido atrás de mim. De tudo que meu guarda-chuva podia fazer ficar, tudo se foi, tudo se vai. A sanidade, a coerência dos atos e pensamentos, até a saudade se vai, até o que talvez um dia possamos chamar de amor. E escorre, cai livremente, constantemente, que não entende, não compreende, não escuta, não sente.
Coração esse que não guarda nada, só ampara a queda e deixa escorrer.
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