quarta-feira, 31 de agosto de 2011

milhoes de vasos sem nenhuma flor

Na noite vazia dos medos escutava a sua voz, baixinha, calma.
A terra molhada me enojava, não era sua presença, mas pela primeira vez sabe como tuas palavras soam.
E sei que se sentiria exatamente da mesma forma se eu insistisse em ver teu sorriso mas me distraisse toda vez que você sorri, e saberia como é ver o olhar triste em cada pessoa que sorri, só por saber como é sorrir por fora e chorar por dentro, e conseguiria ver em cada pessoa o olhar desesperado esperando por amor, sentindo cheiro do medo ao invés dos perfumes doces, vendo escuro ao inves de calor e sentiria na pele a agonia de medir as palavras por se importar demais, por ficar se perguntando "o que eu fiz de errado?", quando na verdade nao foi voce quem errou.
Mas hoje o sol brilha, e só por hoje não confundirei todos os rostos com o seu, e não sentirei seu perfume em todos os lugares, nem todo o sorriso esconde uma lágrima, confunda você os cheiros, os sabores, os medos, seja você o errado, diga você que se arrepende, porque eu não moverei meus pés para andar até ti, porque eu não perderei meu tempo com lágrimas, meu sol voltou, meu sol não irá mais embora, nem por você e nem por ninguém

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