E que azul bonito, que escuridão encantadora, infinito de céu, infinito de vida, sono profundo, palavras como pedras, não tão duras quanto no chão, flores de cheiro doce, tão doce, parece mel. Dormi nesse escuro absoluto, acordei nesse azul bonito, cheirava a baunilha, tinha gosto de algodão doce, e voava, voava livre por ai, o vento levava, puxava, abraçava.
Em cima de uma nuvem, que pousou no chão, de volta a realidade, mas fiquei fora por tanto tempo assim? As pessoas mudaram, não sorriem mais, os sorrisos acabaram, e que tristeza essa, tão bonita era a infinidade.
E que realidade miserável, desigual, eu gostava do infinito, tão grande, tão maravilhoso. Tinha espaço pros meus sonhos e minhas vontades, tinha espaço até pra minha felicidade, mas aqui? que horror, parece que felicidade dói nos outros, você tem que esconder a sua, antes que alguém acabe com ela, mas que besteira essa nossa vida, queria eu era voltar pro infinito, só lá cabe tanto de minha felicidade, tanto de meus sonhos, tanto do meu eu, que as pessoas se recusam a conhecer, por ser feliz e amar demais
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