domingo, 19 de dezembro de 2010

Não é que eu queira reviver nenhum passado, nem revirar um sentimento revirado

Lembro-me exatamente daquelas mãos tocando as minhas. Pequenas mãos, gélidas. Acontecia sem maldade alguma. Aqueles olhinhos brilhantes que sempre chamaram a minha atenção.
Essa é a diferença do ontem para o hoje.
Temos hoje dificuldade de aceitar o vai e vem da vida, as promessas que antes sabiamos que não cumpririamos, mas ainda assim prometíamos, hoje trazem aquela pontinha de esperança e no final, a decepção.
As mãozinhas antes pequenas e geladas que inocentemente não se soltavam por um segundo, hoje viram os beijos, hoje trazem a sensação quente de querer estar mais e mais perto.
Onde está o brilho nos olhos que antes via? Sim, sumiu. E sumiu sem deixar nenhum rastro.
Era bom não entender o que acontecia ao nosso redor, era realmente bom ver tudo com um olhar inocente, achando que ninguém nunca faria nenhum mal.
Os singelos segredos hoje se tornam fofocas e o único lugar em que queriamos chegar era a adolecencia, pois aí sim, poderiamos fazer tudo. Claro, naquela época não viamos a maldade, o preconceito.
Hoje tudo o que queremos é ser igual a todos não é?
Tudo o que precisamos é a roupa da moda, escutar as mesmas musicas, falar do mesmo jeito.
Sinceramente, essa é a grande bosta de sociedade em que a gente vive

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